No dia seguinte à Natividade, a Igreja comemora o martírio de Santo Estevão, o primeiro a dar testemunho de Cristo com seu próprio sangue. Não pode haver para um católico maior glória, e a devoção por Santo Estevão logo se espalhou pela Cristandade, fortalecendo a Fé com seu exemplo.
Fé, trabalho e vinho
A capela de Nossa Senhora das Neves é hoje um dos pontos turísticos de Bento Gonçalves. Num mundo genuinamente católico talvez se tornasse um lugar de peregrinação.
Lá está a imagem de Nossa Senhora esculpida por um artesão – um marceneiro? – pobre da Itália empobrecida e envilecida pelas guerras revolucionárias que a criaram – e que espalharam seu povo pelo mundo. Era o único bem que traziam. Já na viagem de vinda, revelou-se milagrosa e digna de uma devoção que nunca esmoreceu.
Fé, trabalho e vinho. Nem todos sabem a profundidade sobrenatural que essa palavra – “vinho” – tem para eles. Nós, também católicos, sabemos.
De volta para casa
Católico, 32 anos, e há um ano à frente do governo da Áustria, Sebanstian Kurz acaba de anunciar que irá fechar 60 mesquitas austríacas e expulsar do país seus imãs. “Não há lugar na Áustria para o islamismo político, a radicalização e as sociedades paralelas.”
Não se trata de um decisão intempestiva de um jovem político. Antes de chegar ao governo de seu país, Kurz foi Ministro das Relações Exteriores de 2013 a 2017 e um de seus feitos foi abrigar em Viena as negociações entre Irã, EUA e UE para restringir o programa nuclear iraniano a limites não-militares.
Sua luta contra o islamismo radical data desse período, quando conseguiu passar uma lei no Parlamento proibindo o financiamento estrangeiro das atividades islâmicas no país.
A primeira reação veio da Turquia, que teve sete mesquitas fechadas e seus imãs expulsos. O porta-voz do governo de Recep Erdogan escreveu no Twitter: “É o resultado da onda populista, islamofóbica, racista e discriminatória no país.”
Mensagem de Natal
Oh! se eu fosse tão ditosa
Que com estes olhos visse
Senhora tão preciosa,
Tesouro da vida nossa,
E por escrava a servisse!
Entremeando versos de Gil Vicente a uma profunda meditação de Natal, Dom Lourenço Fleichman nos conduz, passando pelas principais prerrogativas de Nossa Senhora, até a gruta de Belém onde, ao lado dos pastores, dos reis magos, da coorte celeste e de seu casto esposo, a Santíssima Virgem adorava seu Divino Filho.
E de lá, alçando novo vôo, medita sobre o Natal presente de Nossa Senhora em que, lá do alto do Céu, num hodie eterno, aquela que é Cheia de Graças “continua vivendo aquele dia especial em que viu São Gabriel… e tudo o que viveu, sentiu, amou no momento em que o Verbo se fez carne em seu seio”.
Leia a mensagem de Natal de Dom Lourenço no site da Permanência
Lições contra o abismo
Hoje Gustavo Corção faria 122 anos.
Não é uma data redonda, dessas que os jornais costumam comemorar, mas, para nós da Permanência, todo aniversário de Corção é motivo de festa. Porque sem ele não existiríamos. E, por conta de existirmos, vivo ele está, a despeito do esforço que o mundo faz para esquecê-lo.
Perde o mundo que o esquece. E Corção, que já dele não depende, permanece.
Faz parte da história do Brasil – na literatura, na política, na religião. E foi fazendo história que terá ganhado a Eternidade. Mas isso só Deus sabe. Inegável que fez a sua parte, sobretudo nos deixando suas lições, lições contra o abismo que ele antes de todos antevira.
Há muito o que contar de Corção. Fiquemos só com uma história, monumental e discreta, simbólica e premonitória.
A inauguração do Cristo Redentor foi marcada para 12 de outubro de 1931. Para dar um toque de grandiosidade internacional à festa, Marconi iria ligar as luzes do Cristo direto de seu iate no Mediterrâneo. Mas na hora agá, a aparelhagem falhou e o Cristo acabou iluminado mesmo foi por Corção, que àquela época nem convertido era ainda. Suboficial do Exército e técnico em eletrônica- que naquela época, devia ser tecnologia de ponta! – ele deu um jeito de salvar a festa e a reputação de Marconi. Que Deus tenha depois retribuído a luz que Corção improvisadamente Lhe emprestara é dessas ironias que nos fazem acreditar na Providência.
A loucura tem nome
Generofolia: o neologismo usado por Francesca Villasmundo em um artigo para o Medias-Presse dá nome a uma doença espiritual que se espalhou pelo mundo como uma epidemia e não cessa de produzir catástrofes.
A mais nova bem poderia atender por outro neologismo: transbatismo.
A Igreja Anglicana atualmente liderada pelo primaz da Igreja da Inglaterra, o arcebispo de Canterbury Justin Welby, adepto do diálogo ecumênico como o Papa Francisco, tem tomado decisões controversas como admitir o “casamento” de pessoas do mesmo sexo, os padres homossexuais e a ideologia do gênero.
A mais recente inovação decidida pela Conferência dos Bispos da Igreja da Inglaterra é a invenção de um “batismo para transexuais ou transgêneros”. A cerimônia chamada “afirmação da fé batismal”, caricaturada do batismo tradicional, é reservada aos que mudaram de sexo. A “ideia” é que recebam uma benção em sua nova vida e um novo nome de batismo. Água e óleo consagrados serão usados e um novo certificado de batismo será emitido.
Em nota oficial, a Conferência dos Bispos afirmou: “A nova cerimônia não pretende imitar a solenidade do sacramento tradicional. Ele consiste de uma renovação formal do promessas batismais e consentimento para aqueles que estão tentando realizar uma transição de gênero de obter a comunidade eclesial, por intercessão de Nossa Senhor Jesus Cristo, uma bênção solene para sua mutação de identidade. “
Como escreve Francesca Villasmundo, autora da matéria publicada no Medias-Presse:
“É como ler o Papa Francisco: as mesmas palavras, a mesma motivação de acolher a todos, mesmo ao preço da perda do bom senso e da ofensa à natureza humana, criação divina que esses “generófilos” esqueceram.”
E conclui, “não impressiona que essa fantasia progressista surja no seio da heresia anglicana, esse ultra-liberalismo religioso, agente do individualismo ele mesmo precursor da recusa ideológica de toda determinação natural. Não se pode também deixar de constatar a nocividade intrínseca do ecumenismo conciliar que, pelo diálogo interreligioso, dá seu aval a essa igreja.”