A morte lenta da verdadeira fé

Descent of the Modernists, E. J. Pace, Christian Cartoons, 1922

Cada vez menos franceses acreditam no verdadeiro Deus.

Segundo pesquisa do semanário Le Point, entre os jovens de 18 a 29 anos, já há tantos muçulmanos quanto católicos, mas pelo ritmo da expansão, o Islã está à caminho de se tornar maioria.

A religião católica ainda é majoritária entre os franceses, mas a situação está se deteriorando: apenas 32% declaram-se católicos, contra 70%, em 1981. Quanto à prática, 7% das pessoas entrevistados dizem que vão à missa “pelo menos uma vez por mês”. O tema da prática semanal de domingo nem sequer foi levantada.

Os católicos praticantes respondem por menos de 3% entre os jovens de 18 a 29 anos.

Se o protestantismo e o judaísmo estão experimentando uma regressão semelhante à da Igreja, o islamismo e os grupos neo-pentecostais estão inversamente em um movimento de crescimento: a natureza sempre odeia o vazio, e o deserto litúrgico e a doutrina do catolicismo pós-conciliar cobram o seu preço em almas perdidas.

Já o islamismo, em plena expansão, tornou-se a maior minoria religiosa, reivindicado por 6% dos franceses. Os muçulmanos, em comparação com outros grupos religiosos, atribuem maior importância à religião em suas vidas. .

Em face da conquista do Islã, a outra grande lição dessa investigação é o importante progresso dos não-religiosos, em outras palavras, os ateus. Este grupo representa 58% da população francesa, contra 27% quarenta anos atrás.

A França, a filha mais velha da Igreja, é agora povoada por apóstatas, ateus e infiéis.

Nihil novi sub sole. Como explica Dom Bernard Fellay, conselheiro geral da Fraternidade São Pio X, em seu livro-entrevista Pour l’amour de l’Eglise , publicado pela Via Romana:

“Em um mundo sem marcos, os homens inventarão novos, de acordo com seus sentimentos (…). O equilíbrio só será restaurado quando a fé recuperar seu lugar primordial. Em uma sociedade pós-moderna que perdeu quase todos os seus rumos, o padre é mais necessário do que nunca. É de fato ao redor do altar que a cristandade pode ser reconstruída.”