O México enlouquece

Feministas atacam igrejas pelo direito de matar

Há menos de seis meses, denunciamos neste boletim uma marcha feminista ocorrida na Cidade do México, que culminou com o ataque a diversas igrejas. Não fosse pelos fiéis que, de terço na mão e postados em linha, impediram o acesso das manifestantes aos lugares sagrados, o resultado certamente teria sido pior.

Na ocasião também lamentamos a reação complacente das autoridades religiosas, e dizíamos: “Com tanta moleza, novos ataques são só uma questão de tempo”. Foi o que aconteceu.

Domingo passado (8/3), a Catedral Metropolitana de Hermosillo, no Estado de Sonora, foi vandalizada. As manifestantes lançaram “bombas” de tinta e picharam as paredes da igreja enquanto gritavam palavras de ordem. Tentaram em seguida invadir a Catedral, mas foram impedidas por fiéis que escoravam as portas com bancos da igreja.

Não foi um caso isolado, mas uma ação orquestrada. No mesmo dia, também houve tentativa de invasão nas catedrais mexicanas de Campeche e de Toluca. No Estado de Veracruz, feministas destruíram as portas da igreja conhecida como “El Beaterio” e se lançaram contra o Seminário menor e uma escola.

Na Cidade do México, multidões tomaram as ruas. Houve confusão: atacaram com coquetel molotov o Palácio do Governo e depredaram bens públicos. A Catedral, dessa vez, foi defendida pela polícia local.

No dia seguinte (9/3), organizou-se uma insólita “greve das mulheres” (un dia sin nosotras). Com grande adesão no país — e apoiada, note-se, pela Conferência Episcopal Mexicana (CEM) — as mulheres protestaram contra o “feminicídio” deixando as ruas vazias.

O México enlouqueceu!