Cada vez menos franceses acreditam no verdadeiro Deus.
Segundo pesquisa do semanário Le Point, entre os jovens de 18 a 29 anos, já há tantos muçulmanos quanto católicos, mas pelo ritmo da expansão, o Islã está à caminho de se tornar maioria.
A religião católica ainda é majoritária entre os franceses, mas a situação está se deteriorando: apenas 32% declaram-se católicos, contra 70%, em 1981. Quanto à prática, 7% das pessoas entrevistados dizem que vão à missa “pelo menos uma vez por mês”. O tema da prática semanal de domingo nem sequer foi levantada.
Os católicos praticantes respondem por menos de 3% entre os jovens de 18 a 29 anos.
Se o protestantismo e o judaísmo estão experimentando uma regressão semelhante à da Igreja, o islamismo e os grupos neo-pentecostais estão inversamente em um movimento de crescimento: a natureza sempre odeia o vazio, e o deserto litúrgico e a doutrina do catolicismo pós-conciliar cobram o seu preço em almas perdidas.
Já o islamismo, em plena expansão, tornou-se a maior minoria religiosa, reivindicado por 6% dos franceses. Os muçulmanos, em comparação com outros grupos religiosos, atribuem maior importância à religião em suas vidas. .
Em face da conquista do Islã, a outra grande lição dessa investigação é o importante progresso dos não-religiosos, em outras palavras, os ateus. Este grupo representa 58% da população francesa, contra 27% quarenta anos atrás.
Nihil novi sub sole. Como explica Dom Bernard Fellay, conselheiro geral da Fraternidade São Pio X, em seu livro-entrevista Pour l’amour de l’Eglise , publicado pela Via Romana:
“Em um mundo sem marcos, os homens inventarão novos, de acordo com seus sentimentos (…). O equilíbrio só será restaurado quando a fé recuperar seu lugar primordial. Em uma sociedade pós-moderna que perdeu quase todos os seus rumos, o padre é mais necessário do que nunca. É de fato ao redor do altar que a cristandade pode ser reconstruída.”