A comunhão dos adúlteros e a Outra

O Casamento da Virgem. Giotto, c. 1305 (afresco).

As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo.”

(Epístola de S. Paulo aos Efésios, V, 22-28)

Eis a sublime lição que nos dá a Santa Igreja em cada casamento que celebra: a santa união de Cristo com seu Corpo Místico é o modelo da união entre os esposos, que Nosso Senhor elevou à ordem sacramental.

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Fazendo a cabeça

Há dias, o presidente anunciou que indicaria para o STF e para o Ancine alguém “terrivelmamente evangélico”. Agora, no fim de semana, aparece numa foto de joelhos diante do sr. Edir Macedo.

A foto é bizarra: o presidente parece estar sendo coroado por Macedo com uma coroa pequena demais para a sua cabeça, o que obriga Macedo a um esforço tremendo. Ao lado, um outro senhor se apresenta como sério concorrente ao prêmio de melhor coadjuvante, porque parece fazer o que é próprio dos coadjuvantes: torce. Mas torce com um fervor profissional irretocável.

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O que dizem as pesquisas?

A pesquisa de hoje fala da sobremesa de ontem

Nada. Ou quase isso. Que importa saber o que aconteceria “se a eleição fosse hoje?”, se a eleição de fato não é hoje, nem foi ontem, nem será amanhã?

A rigor, até o texto deveria ser diferente, porque esse “hoje” não é hoje, é um dia qualquer no passado, quando a pesquisa foi realizada. “Se a eleição tivesse sido há uma semana …”. Então hoje já poderia apresentar outro o resultado. Porque é óbvio que qualquer pesquisa fala do nosso humor de ontem. E, se nos mostram alguma coisa, é o quanto são volúveis os homens. Falta-lhes – ou a uma parcela deles – paciência, atenção, foco. E falta sobretudo entendimento, a compreensão de como funcionam as coisas.

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Um efeito desastroso da Missa Nova

“Se alguém negar que no Santíssimo Sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o corpo e sangue juntamente com a alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo (…) — seja excomungado” (Concílio de Trento).

Neste ano em que se completam 50 anos da revolução litúrgica orquestrada por Paulo VI, e levada a cabo pelo estranho Mons Bugnini, convém lembrar um dos efeitos desastrosos do novo rito.

Num estudo recentemente publicado nos Estados Unidos, baseado em mais de 10 mil entrevistas realizadas pelo Pew Institute, descobriu-se que aproximadamente 70% dos católicos americanos não crêem na Presença Real de Nosso Senhor na Eucaristia. — Entre os mais jovens, esse número aumenta para 74%.

Em outros países, os números serão certamente piores. Uma pesquisa realizada tempos atrás numa diocese da Alemanha (Tréveris) revelou que 80% dos seus padres já não criam na Presença Real. Outro estudo, desta vez realizado na Austrália (Sydney), chegou a 78% de descrentes entre os sacerdotes. Qual o valor dessas missas, se a intenção é necessária para que realmente haja consagração? A pergunta é retórica.

Triste é que ninguém poderá se dizer surpreendido com esses dados, uma vez que se sabe que os criadores do novo rito tinham o objetivo de aproximar a Missa católica da ceia protestante. Ora, os protestantes não crêem na Presença Real.

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De volta às catacumbas

A perseguição aos católicos também está crescendo na Índia. Segundo a Agência Fides, só no primeiro semestre deste ano, foram cometidos 158 atos violentos contra cristãos em 23 estados do país. Além de homens, 110 mulheres e 89 crianças foram atingidos.

Outro motivo de alarme é o descaso das autoridades mesmo depois do registro das ocorrências. Apenas 24 dos 158 atentados foram objeto de inquérito, resultado do preconceito anticristão das instituições indianas. Geralmente, o modus operandi é o mesmo: fanáticos, acompanhados por policiais, invadem as igrejas, destroem as instalações e agridem os fiéis. Em seguida, os policiais prendem os padres sob a acusação de conversão de hindus ao cristianismo, o que é considerado crime no país. 

Há uma ofensiva generalizada contra cristãos na Índia. Em maio deste ano, o primeiro-ministro Narendra Modi foi reeleito. Seu partido, o Bharatiya Janata, defende a conversão forçada de todos os cidadãos do país ao hinduísmo, e encoraja atos terroristas contra cristãos, a despeito das manifestações de órgãos internacionais.

O sangue dos mártires volta a regar as raízes da Igreja.

Um “herói” desse tempo

O ex-senador Nelson Carneiro recentemente teve seu nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para ser incluído no Livro dos Heróis da Pátria. O único ato político seu que permanece relevante é a autoria da Lei do Divórcio.

Segundo as regras para inclusão de um nome no Livro dos Heróis da Pátria, só podem ser inscritos brasileiros ou grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo. Curiosamente, o ex-senador, como autor da lei do divórcio, foi o precursor da primeira legitimação legal da destruição da família brasileira, e, por decorrência, da sociedade como um todo. É irônico como, em uma sociedade impregnada pelo espírito revolucionário, um terrível destruidor pode ser considerado um construtor e defensor.

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