De todos os trocadilhos possíveis para os chamados “Países Baixos” o que lhes serve melhor é o que traduz a baixeza moral em que se encontram. Nenhum dique furado ou destruído causaria igual dano e mortandade como as leis progressistas e vanguardistas de aborto, “eutanásia”, “suicídio assistido infantil”, e as pró “homossexualismo” e “transgenderismo”.
Hoje nos debruçamos sobre o caso do assassinato disfarçado de “eutanásia” ou “suicídio assistido” na Bélgica. O emprego desses termos eufemísticos esconde uma brutalidade e insensatez que começa a chamar atenção dos países vizinhos.
Esta semana foi noticiado que a Corte Europeia de Direitos Humanos aceitou ouvir o caso de uma mãe belga de 64 anos cuja “eutanásia” foi autorizada pela sua psiquiatra Dra Lieve Thienpont, mas que, segundo o advogado do filho, estava em tratamento de depressão, mas em bom estado clínico de saúde.
A investigação do caso está se revelando estarrecedora, e trouxe à tona outros casos similares, por vezes mais chocantes.
Caso do Dr Marc Van Hoey, o Doutor Morte belga, que diz sentir-se orgulhoso de ter “ajudado” a matar 140 pessoas, incluindo dois de seus amigos.
Os relatos incluem o de uma mulher de 38 anos que alegou ser autista após uma desilusão amorosa, que para ela gerou uma “dor insuportável e incurável”. Após procurar o psiquiatra, em dois meses foi executada (por eutanásia). Caso semelhante ao da mãe que morreu após perder a filha, que ficou deprimida e exprimia o desejo de morrer.
Pior que o Dr. Morte, é o médico diretor do Controle Federal e Comitê de Avaliação da Eutanásia da Bélgica, Dr Wim Distelmans. Esse psicopata não só já executou pacientes, caso de gêmeos que tinham medo de ficarem cegos, como não investiga os “abusos” da lei (a lei já é o supremo abuso), e vem organizando desde 2014 um tour instrutivo da eutanásia, visitando o campo de concentração de Auschwitz, que ele considera “inspirador”.
Sob seu comando nessa espécie de “Comitê da morte”, a Bélgica elevou em 13% o número de pessoas que foram executadas por esta lei em 2017, incluindo três crianças. Interessantemente ele nunca investigou uma única morte desde que assumiu.
Enfim os tribunais da Bélgica e o europeu começam a compreender que alguns médicos devam ser responsabilizados por esses “suicídios assistidos” de pessoas com doenças mentais, que necessitariam de ajuda e não de morte. Mas é pouco.
A arbitrariedade no cumprimento da lei só existe porque a lei é iníqua e os poderes que a legitimam o fazem ao arrepio das leis natural e divina. Uma sociedade esquecida de Deus saúda este tipo de lei, e depois acata suas consequências com raras e fracas reações.
Tecnicamente, por essa lei o paciente “moribundo” e a sua família teriam o poder de decidir sobre a forma e o momento de morrer. Mas a burocracia hospitalar e a psicologia dos profissionais de saúde, assim como a própria evolução natural de qualquer doença, têm complexidades que uma pessoa doente, mesmo médica, não é capaz de apreender e ajuizar sem que haja um parecer do responsável. E este normalmente é o seu médico.
Se a última decisão passa para as mãos de um sujeito disposto a matar, ele o fará. Seja por conveniência, ignorância ou convicção. Quem pode querer um poder tão imenso, em que se é a um só tempo júri, juiz e executor?