Yves Cochet é ecologista e foi ministro do governo do socialista Lionel Jospin (1997-2002). Hoje é membro da organização pró-eutanásia ADMD e presidente do Laboratório de Ideias Momentum.
Suas ideias são espantosas. Em entrevista ao jornal esquerdista L’Obs, em 3 de janeiro, Cochet propõe nada menos do que o desestímulo da natalidade francesa, tanto para limitar o custo ecológico quanto para dar lugar à imigração africana.
“Não faça filhos extras, é o primeiro gesto ecológico”, acrescenta o promotor da política do filho único, tão cara à ditadura chinesa. Não satisfeito, contrapôs a Deus ninguém menos que o aiatolá Khomeini!
“Ainda estamos dominados pela injunção bíblica de crescer e nos multiplicar para encher a terra. Uma criança é boa, duas é suficiente”, aconselhava o aiatolá Khomeini.
E para alcançar esse resultado, propôs “inverter a nossa política de incentivo à natalidade, invertendo a lógica dos abonos de família”. Isto é, uma espécie de “bolsa-anti-filhos” que diminuiria (em vez de aumentar!) a cada criança nascida, “até desaparecer depois do terceiro nascimento.”
Cochet é mais um adepto do malthusianismo recauchutado que atribui ao crescimento populacional e aos gastos crescentes em saúde e educação a causa da pobreza no mundo, cuja erradicação só será possível pela adoção de um “planejamento familiar”, que desestimule a procriação pelo uso extensivo de métodos contraceptivos e pela liberação do aborto.
De fato, mais espantoso do que as ideias de Cochet é que ele ainda não esteja preso ou internado.