Os católicos seguem aderindo ao boicote e cancelando suas assinaturas. Que sejam muitos!
Como sabem os nossos leitores, o Netflix promove um vergonhoso ataque contra o catolicismo, exibindo um especial que cobre de insultos as pessoas de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, retratando-os como devassos. Há poucos anos, coisas como essas seriam impensáveis: são insultos que ferem não apenas o católico, mas todo homem de bem, que se enoja com a gratuidade e a publicidade da agressão.
Essa verdadeira perseguição orquestrada contra Nosso Senhor levanta muitas questões. A primeira delas será sempre o ultraje, a desonra, a blasfêmia contra o Santo Nome de Jesus. Outras, no entanto, secundárias que sejam, não ferem menos a honra dos católicos: falamos do seu alcance universal.
Como pretender que um insulto feito a Nosso Senhor seja algo que diga respeito apenas aos católicos? Decididamente não! Ainda que a iniciativa do boicote tenha partido do nosso lado, trata-se de uma reação à qual toda sociedade deveria aderir, pois há limite para tudo.
Hipocritamente, apelarão à liberdade de expressão. Mas não é preciso recordar aqui a Sabedoria de Leão XIII ou as páginas luminosas da Suma Teológica para saber que há coisas que não se diz, há limites que não se ultrapassa. É mesmo uma regra básica de vida em comunidade, uma regra moral: não faço com os outros o que não quero que seja feito comigo.
É preciso que certos limites se estabeleçam. Numa sociedade ideal, virtuosíssima, esses limites não se imporiam por força de lei, mas por uma espécie de auto-regulamentação oriunda de centenárias leis consuetudinárias. Mas isso só ocorre em sociedades altamente civilizadas e evoluídas. Como estamos longe disso, devemos recorrer ao código penal, que determina:
Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
O que se busca numa sociedade é a paz, mas não há paz sem justiça. Também por essa razão todos os homens de bem devem deixar claro o seu repúdio a mais esse ataque gratuito a Nosso Deus e Senhor, e cancelar o seu Netflix. Não há desculpas para não o fazer.