Devemos evangelizar os judeus ou dialogar como eles?
Por quase dois mil anos, a posição da Igreja foi clara: a “teologia da substituição” determinava que a Igreja viera substituir Israel e, portanto, a missão evangelizadora os incluía.
Só a partir do Concílio Vaticano II, esse ensinamento deu lugar à teologia da filiação, interpretação modernista da doutrina que excluía os judeus da ação missionária da Igreja.
O Papa emérito Bento XVI, um de seus inspiradores da “filiação”, voltou a reafirmá-la em resposta às críticas que lhe fez o teólogo alemão Michael Böhnke, em artigo publicado na revista Communio.
Para Bento XVI, “Judaísmo e Cristianismo são duas formas de se interpretar a Sagrada Escritura”, e por isso os judeus seriam a única exceção na missão universal da Igreja, “porque somente eles, entre todos os povos, conhecem o Deus incognoscível.”