O declínio das vocações na Europa

A expressão mais evidente, a mais prática e, oa mesmo tempo, a mais cruel do ponto de vista sobrenatural, da crise da Igreja é o declinio das vocações sacerdotais na Europa.

O quadro é aterrador, e a artigo que Alexandre Bastos nos traz não deixa margem à ilusão: em alguns países, depois do Concílio Vaticano II, a queda do número médio de padres ordenados por ano chegou a 80%.

E não é possível ver no cenário sinais de otimismo. Sem a intervenção divina, o inverno das vocações será longo.

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Corção: A Igreja do Céu

Vale a pena, nestes meses de outubro e novembro, meditar muitas vêzes na Comunhão dos Santos, e especialmente na intercessão daqueles que povoam a Igreja do Céu; e vale a pena consagrar uma especial atenção ao culto de veneração que devemos à Virgem Santíssima, de cujas mãos recebemos as graças de seu Filho para nossa salvação.

Bem sabemos que os tempos são ingratos para esta forma de piedade, tão católica e tão comprovadamente boa. Quase devemos ter força de mártir se quisermos dizer alguma coisa sobre o nono artigo do Símbolo: “creio na Comunhão dos Santos”, e sobretudo se quisermos meditar aos pés de Nossa Senhora. Ai de nós!, o tempo em que vivemos gaba-se de ser comunitário em todos os sentidos, exceto neste que se refere à Comunhão dos Santos; e gaba-se de ser pacífico e fraterno em todos os sentidos, exceto neste que se refere à nossa Mãe.

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Europa aos pedaços

Este nuevo estudio realizado por el Pew Research Center en 34 países europeos reveló una Europa dividida en dos bandos respecto a los principales problemas sociales; en un lado están los países del este y centro de Europa, y en el otro los países de Europa occidental.

Para citar sólo algunos ejemplos: con respecto a la integración del islam, los países del antiguo bloque soviético – Rusia incluida – se oponen casi en su mayoría a la idea de recibir a un musulmán en sus familias, a diferencia de los países de Europa occidental.

La cuestión de las uniones civiles entre homosexuales y el aborto “legal” resaltan la misma ruptura: el 7% de los suecos se oponen al “matrimonio para todos”, en comparación con el 90% de los rusos. El 17% de los franceses se declaran en contra del aborto, en comparación con el 56% en Rusia y el 85% en Georgia.

La brecha en la importancia de las raíces cristianas es idéntica: el 82% de los armenios cree que la identidad armenia es inseparable del cristianismo, pero sólo el 32% de los franceses comparten esta opinión sobre su propia identidad…

Sin embargo, cabe señalar que Portugal representa una excepción en este tema en particular: el 62% de los portugueses considera que su identidad está estrechamente relacionada con el catolicismo. Sin duda, un signo de consolación para el país de Nuestra Señora de Fátima...

Fonte: FSSPX.News 

“This is a book” e o direito fundamental

O ministro Barroso quer viver no melhor dos mundos, aquele em que é possível ao mesmo tempo acreditar em direito fundamental e seguir uma ética kantiana. Mas aqui, neste nosso mundinho tão peculiar, onde vige o princípio da contradição, não dá: ou uma coisa ou outra.

Não é possível falar em qualquer coisa de “fundamental” sem supor o conceito de essência ou natureza, aquele conjunto de características que define uma coisa e na ausência do qual, ela não poderia existir. Logo, podemos dizer que o que é fundamental preexiste à própria coisa. 

Como chega o homem a definir a natureza das coisas? Pela observação e abstração dessas características. Todos os gatos são gatos, a despeito da sua cor, do seu tamanho, da sua raça porque conhecemos o que é o essencial de um gato.  A natureza das coisas está nas coisas mesmas e o homem não faz mais do que reconhecê-las para daí dizer:  isto é uma casa, isto é um cavalo, isto é um ministro. Custa-nos por isso imaginar uma casa sem paredes, um cavalo sem quatro patas, um ministro sem toga.

O Simão Bacamarte de Konigsberg

Mas ocorre que o ministro se diz um kantiano. E para um kantiano não existe natureza ou essência das coisas. Ou pior: se existe ou não existe não temos como sabê-lo, porque a coisa em si nos é – ou nos seria – inacessível. Então como poderíamos sequer postular essa inacessibilidade? Kant não explica. E isso que atribuímos às coisas como essência só existe na nossa cachola. Kant era o Simão Bacamarte de Konigsberg.

Mas se não há de fato essência, nada há também que se possa dizer “fundamental”. A “natureza” quem acrescenta às coisas somos nós que delas não deveríamos falar nada. Ou podemos falar o que quisermos. Tanto faz. Mas vê-se que o ministro escolheu a segunda opção.

Voltaremos a esse problema em outros posts. Por ora, fixemos a primeira lição: This is a book.

A ocasião do poder

Machado de Assis

Toda vez que há uma troca de governo repete-se a conversa mole de que “o poder corrompe”, versão metida a besta do ditado popular “a ocasião faz o ladrão”.

Machado de Assis fez a devida correção moral do ditado, ao escrever em “Esaú e Jacó”:

 “A ocasião faz o furto.
O ladrão nasce feito.”

Vale a pena reler o capítulo 85, só para deixar um tira-gosto dessa coisa tão difícil (senão impossível) de definir que é o estilo, sempre mais notável quanto melhor é o escritor:

“Pessoa a quem li confidencialmente o capítulo passado, escreve-me dizendo que a causa de tudo foi a cabocla do Castelo. Sem as suas predições grandiosas, a esmola de Natividade seria mínima ou nenhuma, e o gesto do corredor não se daria por falta de nota. “A ocasião faz o ladrão”, conclui o meu correspondente.
Não conclui mal. Há todavia alguma injustiça ou esquecimento, porque as razões do gesto do corredor foram todas pias. Além disso, o provérbio pode estar errado. Uma das afirmações de Aires, que também gostava de estudar adágios, é que esse não estava certo.
— Não é a ocasião que faz o ladrão, dizia ele a alguém; o provérbio está errado. A forma exata deve ser esta: ‘A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.’ “

“Esaú e Jacó” é um clássico (clique aqui para baixar). Imperdível como todos últimos cinco romances de Machado. Aliás, é difícil lembrar outro escritor que tenha emplacado cinco obras-primas seguidas, livros ao mesmo tempo 
profundamente brasileiros e universais.