Entre São Paulo e Brasília

A conversão de São Paulo, Caravaggio

Na terça-feira, 4 de dezembro, o ministro do STF Ricardo Lewandowsky, já acomodado em seu assento em um voo doméstico entre São Paulo e Brasília, foi interpelado por um desses adolescentes de espírito que acreditam que qualquer lugar do mundo é palco para sua liberdade de expressão.

Ao provar do veneno liberal que ele próprio destila, o ministro não chegou a perder a cabeça como Robespierre: simplesmente mandou chamar a polícia.

Enquanto vibrações de apoio de intensidades diversas percorriam esquerda e direita, os católicos se perguntavam (ou ao menos deveriam): “E o Quarto Mandamento? E o princípio de obediência à autoridade pregado por São Paulo?”

Em minucioso artigo para a revista Permanência, Antônio Machado  responde a essa e outras perguntas que assombram o espírito dos católicos a cada vez que uma cena dessas se repete.

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O reinado de Maria

Em 25 de março de 1646, o Rei Dom João IV organizou uma cerimônia solene, em Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de Portugal em relação a Espanha.

Foi até à igreja de Nossa Senhora da Conceição, declarando-a Padroeira e Rainha de Portugal. Desde este dia, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, privilégio que estaria disponível apenas para a Imaculada Conceição.

A falácia da morte cerebral

Quando se pode dizer que uma pessoa está verdadeiramente morta? A pergunta parece simples, trivial. Mas até a morte o modernismo tornou “relativa”.

Como mostra o médico Fernando Barros em seu artigo para a Permanência, o conceito moderníssimo (e cientificista por excelência) de morte cerebral foi criado segundo os critérios da “nova piedade” humanista, que rejeita o sobrenatural em troca de um apego cada vez mais perverso a esta vida e a este mundo.

Pelos caminhos enviesados da Igreja conciliar, de evidente falácia, o conceito foi promovido a questão disputável, como já deixava entrever João Paulo II, em 2000, ao dizer que “os chamados “critérios” de certificação da morte, usados pela medicina moderna, não devem portanto ser entendidos como a determinação técnico-científica do momento exato da morte da pessoa, mas como uma modalidade cientificamente segura para identificar os sinais biológicos de que a pessoa de facto morreu.

Não sabemos em que idioma discursou o Papa, mas a ambiguidade do texto é mais um exemplo da crise da Igreja e suas consequências.

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Dois erros comuns ao se rezar o Rosário

Invocai inicialmente o Espírito Santo para bem rezar o vosso Rosário, e colocai-vos em seguida um momento na presença de Deus. Antes de começar cada dezena, parai um pouco para considerar o mistério que estais celebrando, e pedi sempre, pela intercessão de Maria Santíssima, uma das virtudes que mais ressaltam naquele mistério ou da qual tendes mais necessidade.

Tomai, sobretudo, cuidado com dois erros comuns, que cometem quase todos os que rezam o terço ou o Rosário:

O primeiro é não formular nenhuma intenção, de sorte que se lhe perguntais porque estão rezando, não vos saberiam responder. Tende, pois, sempre em vista, ao rezar o Rosário, alguma graça a pedir, alguma virtude a imitar ou algum pecado a evitar.

O segundo erro que se comete frequentemente é não ter em vista, ao começar o Rosário, outra coisa senão acabá-lo o quanto antes. É uma pena ver como a maior parte das pessoas rezam o Rosário. Rezam-no com uma precipitação espantosa, devoram até a maior parte das palavras. Não se cumprimentaria desse modo ridículo ao último dos homens e, no entanto, se imagina que Jesus e Maria se sentem honrados com isso!

São Luis Maria Grignion de Montfort

Publicado pelo site da Capela Santo Agostinho, 
dos fiéis da Permanência de Parnaíba, no Piauí

A Espiritualidade dos movimentos católicos

Passei estes dias a reler coisas antigas, movido pela perplexidade diante da nossa condição humana. Não falo da conjuntura política, que já ultrapassou todos os limites da razão; não falo da economia nem da insegurança nacional.

Tenho pensado mais, nestes últimos dias, nos nossos movimentos católicos de defesa de uma civilização que já não existe mais, de defesa da Tradição.

Neste curto texto já amarelado pelo tempo, apesar do tempo e do amarelo do papel, brilha aquilo que até hoje procuramos viver em nossa Permanência. O mundo girou…girou, nações desapareceram, outras nasceram e o mundo foi se transformando num deserto. Sigam os seis princípios colocados pelo velho Gálata do Cosme Velho. Em nenhum deles encontraremos o mundo pós-moderno em que vivemos. Mas nós Permanecemos porque temos raízes plantadas junto ao curso das águas, como o cedro do Líbano.

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Misérias da igreja dialogante

Devemos evangelizar os judeus ou dialogar como eles?

Por quase dois mil anos, a posição da Igreja foi clara: a “teologia da substituição” determinava que a Igreja viera substituir Israel e, portanto, a missão evangelizadora os incluía.

Só a partir do Concílio Vaticano II, esse ensinamento deu lugar à teologia da filiação, interpretação modernista da doutrina que excluía os judeus da ação missionária da Igreja.

O Papa emérito Bento XVI, um de seus inspiradores da “filiação”, voltou a reafirmá-la em resposta às críticas que lhe fez o teólogo alemão Michael Böhnke, em artigo publicado na revista Communio.

Para Bento XVI, “Judaísmo e Cristianismo são duas formas de se interpretar a Sagrada Escritura”, e por isso os judeus seriam a única exceção na missão universal da Igreja, “porque somente eles, entre todos os povos, conhecem o Deus incognoscível.”

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