O dia em que a Terra parou

Nossa Senhora de Fátima anunciou em 13 de julho de 1917 aos três pastorinhos:

“A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.”

Essa noite alumiada ocorreu há 81 anos no reinado do Papa Ratti, Pio XI.

Registro da “noite alumiada por uma luz desconhecida”:
Prenúncio de uma guerra ainda pior que a primeira

O fenômeno ocorreu em toda a Europa e também foi percebido em várias regiões do hemisfério norte. Será que Pio XI, que conhecia essa parte do segredo, compreendeu o sinal do céu?

Vinte e um anos mais tarde, na mesma data, João XXIII assombrou o século ‘sinalizando’ um desejo intempestivo, como confessou mais tarde:

“A ideia mal surgiu em nossa mente e logo a comunicamos com fraternal confiança aos senhores cardeais, lá na Basílica Ostiense de São Paulo Fora dos Muros, junto ao sepulcro do Apóstolo dos Gentios, na festa comemorativa de sua conversão, a 25 de janeiro de 1959”. (Alocução 20/2/62)

Que extraordinária ideia poderia ser essa, que não exigiu reflexão ou hesitação em comunicá-la? Queria fazer alguma relação entre a conversão de São Paulo e uma espécie de inspiração?

Dois anos mais tarde explicou na encíclica Humanae Salutis o que tinha em mente: “O primeiro anúncio do concílio por nós dado, no dia 25 de janeiro de 1959, foi como a pequena semente que depusemos com ânimo e mãos trêmulas. Sustentado pela ajuda celestial, nos limitamos ao complexo e delicado trabalho de preparação. Três anos já se passaram, nos quais, dia a dia, vimos desenvolver-se a pequena semente e tornar-se, com a bênção de Deus, uma grande árvore.”

Pois hoje fazem 60 anos que o colégio cardinalício em choque ouviu o desejo do recém-eleito Papa João XXIII em realizar o 21o Concílio Ecumênico da Igreja Católica.

Esta data infeliz é como a Anti-Anunciação. Ao invés da aprovação calorosa dos Cardeais, houve um “silêncio devoto e impressionante”. Não houve Encarnação, mas uma estranha ideia desencarnou. Neste dia a Terra parou, e de lá pra cá vem girando ao contrário.

Conservadorismo revolucionário

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Em nome do combate contra a esquerda, algumas vozes influentes no meio neo-conservador brasileiro, como é o caso de Bernardo Küster, vêm propondo aos católicos uma “união estratégica da Igreja com a maçonaria para combater movimentos revolucionários”.

Uma proposição como essa só pode se basear numa boa-fé suicida, numa ignorância criminosa ou numa malícia satânica. O comunismo, por exemplo, é cria da maçonaria, foi sempre estimulado por ela, tem os mesmos ideais que ela, é filho da Revolução como ela. É, na definição dos papas, uma “seita” como ela.

Ainda que haja guerras internas entre as tropas que compõem as forças da Revolução, todas estão unidas pelo ódio satânico que move a sua engrenagem, e marcham juntas pela destruição do catolicismo e pela implantação de uma República Universal — seus objetivos declarados. Os métodos de perseguição à Igreja e implementação dessa agenda política messiânica podem variar, mas seus princípios e objetivos são os mesmos.

Já em 1884, o papa Leão XIII, numa encíclica contra a maçonaria, confirma o vínculo entre os filhos das trevas, afirmando que a seita dos maçons não é hostil aos comunistas, mas “favorece grandemente seus desígnios, e tem em comum com eles suas principais opiniões” (Humanum Genus). Terão nossos “conservadores” lido as encíclicas papais? Terão consultado a extensa bibliografia que denuncia a estreita ligação entre a maçonaria e o comunismo?

O papa Leão XIII qualifica a maçonaria de “personificação permanente da Revolução”, o “reino de Satã na terra”. Ela esteve envolvida em praticamente todas as revoluções e guerras da história moderna. Lembremos que a aparência de sociedade filantrópica e humanitária revestida pela seita é mera fachada para esconder suas atividades, e qualquer católico minimamente conhecedor das advertências e anátemas dos papas deveria saber disso.

Mas, argumentarão: “O católico não pode entrar na maçonaria, porém uma aliança política é necessária e indispensável, afinal não se faz nada sem ela na política brasileira”. No entanto, a condenação da Igreja contra a maçonaria não se limita ao ingresso na seita, mas a qualquer colaboração com ela. Já em 1738, no primeiro documento da Santa Sé contra a pérfida sociedade, o papa Clemente XII anatematizava qualquer vínculo com os sectários:

“Proibimos, portanto, seriamente e em nome da Santa Obediência, a todos e a cada um dos fiéis de Cristo, de qualquer estado, posição, condição, classe, dignidade e preeminência que sejam; leigos ou clérigos, seculares, ou regulares, ousar ou presumir entrar por qualquer pretexto, debaixo de qualquer cor, nas sociedades dos maçons, propagá-las, sustentá-las, recebê-las em suas casas, dar-lhes abrigo e ocultá-las alhures, ser nelas inscrito ou agregado, assistir às suas reuniões, ou proporcionarem meios para se reunirem, fornecer-lhes o que quer que seja, dar-lhes conselhos, socorro ou favor às claras ou em secreto, direta ou indiretamente, por si ou por intermédio de outro, de qualquer maneira que a coisa se faça, como também exortar a outros, provocá-los, animá-los a se instruírem nessas sortes de sociedade, a se fazerem membros seus, a auxiliarem-nas, ou protegerem-nas de qualquer modo. E ordenamos-lhes absolutamente que se abstenham por completo dessas sociedades, assembleias, reuniões, corrilhos ou conventículos, e isto debaixo de pena de excomunhão, na qual incorre pelo fato e sem outra declaração, e da qual ninguém pode ser absolvido senão por nós, ou pelo Pontífice Romano reinante, exceto em artigo de morte.” (Bula In Eminenti)

É notável o fato de que a primeira bula contra a maçonaria tenha uma linguagem tão clara e forte. O papa não tardou em perceber a sua natureza diabólica, e bradou ao orbe católico uma advertência gravíssima. Que os católicos brasileiros atentem para as instruções dos sucessores de São Pedro e se mantenham longe da influência perniciosa dessa direita revolucionária e suas “uniões estratégicas”.

PS: Recomendamos a leitura do artigo Os Franco Maçons, no site da Permanência.

A misericórdia é vermelha

Não bastava a recepção sorridente do “crucifixo” em foice e martelo, das mãos de Evo Morales; não bastou ter se encontrado com o radical-democrata Bernie Sanders (o Evo Morales norte-americano) em plenas eleições presidenciais, ou ter entregado os católicos chineses às garras dos comunistas de Pequim; eram pouco as demonstrações de simpatia e as mensagens afetuosas distribuídas, com singular benevolência, a “teólogos” da “libertação” como Boff, Gutiérrez e Frei Beto, ou a tristes figuras políticas como Lula da Silva, Dilma Roussef, Daniel Ortega, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro.

Sequer bastavam as duas visitas a Cuba (único país a receber a dupla honraria), nas quais foi mediador da retomada das relações diplomáticas entre a ilha-prisão e os Estados Unidos da América. Era preciso que se afirmasse com todas as letras, sem possível pretexto de se tratar de uma mera concessão diplomática, a especial predileção do Papa Francisco pela ideologia comunista e pelos regimes que nela se baseiam.

Pois o Vigário de Nosso Senhor, o Doce Cristo na Terra, o Chefe visível da Esposa, resolveu celebrar em Roma, na Cidade Eterna, no último 1º de janeiro… não o Ano Novo, mas… o sessentenário da revolução cubana, por meio da qual um dos países mais prósperos da América Latina foi seqüestrado por uma camarilha que o mantém, desde então, sob a égide do “comunismo intrinsecamente perverso”, com o qual “não se pode admitir colaboração em campo algum, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã” (Pio XI, Divini Redemptoris, nº 58).

Guardemos bem essas graves palavras de Pio XI, e consideremos agora as palavras da Roma modernista, Sé universal da Outra, estampadas no seu sítio de notícias oficial: trata-se do “histórico aniversário” da revolução; refere-se a Fidel Castro “entre os principais próceres nacionais”; alude-se aos tiranos comunistas sempre como “presidente”, “chefe de Estado”, “líder do Partido comunista”, enquanto Fulgêncio Batista, o governante deposto em 1959, é fustigado como “ditador”; o discurso de Raúl Castro (extenso, diz a matéria, num fugidio descuido de objetividade) é reproduzido em clave laudatória. No topo da matéria, a fotografia de um sorridente Francisco em meio a artistas circenses cubanos, cuja exibição se articulava com as celebrações do “histórico aniversário”.

Entretanto, é no último parágrafo que fica a mais cândida confissão: sob o título “a revolução da misericórdia do Papa”, as três linhas finais deixam bem claro que, enquanto o Concílio Vaticano II foi o 1789 na Igreja, o pontificado atual se esforça para ser o outubro de 1917 ― não o do Milagre do Sol em Fátima, mas o das convulsões nas ruas de Petrogrado ― e talvez, quem sabe?, o maio de 1968.

Por que Evo entregou Battisti?

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Na última cena de Butch Cassidy, os bandidos Butch e Sundance Kid são cercados pelo exército boliviano e …. Bom, não vamos estragar o final.

Esta semana o italiano Cesare Battisti, condenado pelo assassinato de inocentes na década de 1970, foi preso em Santa Cruz de la Sierra numa ação conjunta de agentes da Interpol bolivianos e italianos.

Ao narrar a novela do fugitivo, o jornal fez questão de lembrar: “Como a de Che Guevara – ainda que sem final fatal -, a aventura do revolucionário Battisti, de 64 anos, teve seu epílogo na Bolívia, ao ser detido no sábado às 18h50…”.

Mas o governo boliviano não se contentou em apenas detê-lo. E surpreendeu.

A extradição do condenado para Itália foi obtida com o aval sem resistências do atual presidente boliviano Evo Morales, “companheiro” de Lula e de outros políticos de esquerda, e que dois dias antes estava saudando junto com Daniel Ortega a “posse” do chefe do executivo da Venezuela Nicolás Maduro.

Além disso, a Bolívia rechaçou pedido de asilo político feito pelo bandido italiano no período natalino, em que ele ressaltou “a nefasta coincidência de governos de ‘ultra-direita’ na Itália e Brasil.”

Por último, a resolução rápida do presidente, preocupado com as eleições de outubro deste ano, lhe valeu a oposição de seus correligionários e da defensoria pública do país. Ainda, Raúl García Linera, irmão do seu vice presidente lamentou pelo Facebook:

“Hoje, pela primeira vez, este processo de mudança atua contrarrevolucionariamente, hoje os interesses do Estado se puseram acima da moral revolucionária, da práxis revolucionária”.

Quem conhece um pouco da história boliviana sabe que não é a primeira vez que a Bolívia atende aos interesses de Estado e age contra a ‘Revolução’.

Em 1967, Che Guevara, símbolo-mor do comunismo na América Latina, foi encontrado e morto pelo exército boliviano. O presidente General René Barrientos Ortuño, que havia “traído” seu antecessor Victor Paz Estenssoro, responsável pela Revolução Boliviana de 1952 e a Reforma Agrária de 1953, soube conduzir o caso do guerrilheiro argentino, recebendo crédito junto com sua equipe pela captura e morte do bandido.

Evo Morales quer ser reeleito em outubro. Em janeiro foi às posses de Jair Bolsonaro e Nicolás Maduro, e começou a terceira semana do ano mandando embora um “camarada” com presteza invejável, tendo negado previamente uma solicitação dele e ouvindo desaforos dos seus aliados. Por quê?

Aqui digredimos para o Irã há 40 anos, quando o Aiatolá Khomeini fez 52 cidadãos americanos de refém por 444 dias durante a presidência de Jimmy Carter, que fracassou solenemente nas negociações e tentativas de resgate. A crise foi resolvida rapidamente com a chegada de um homem de verdade ao cargo, Ronald Reagan.

Seu discurso claro e firme, notas próprias de um homem, sustentado durante a campanha foi o suficiente para que o Aiatolá entregasse todos os reféns algumas horas após a sua posse em janeiro de 1980.

Evo Morales estava acostumado a atitudes covardes como as de Lula, que havia cedido instalações da Petrobrás no seu país tão logo ele assumira em maio de 2006, e por sua conduta pusilânime no caso Battisti.

Hoje, o cocaleiro se depara com um presidente brasileiro que tem um discurso simples, firme e posições claras, com aquele mínimo de hombridade capaz de fazer crer que ele quer cumprir o que fala.

A virilidade, que foi reduzida à doença mental pela APA (American Psychological Association), provoca reações interessantes.

O martírio pela fé

A estatística é ecumênica: não discrimina católicos, ortodoxos e protestantes. Apenas registra que a perseguição aos “cristãos” segue crescendo no mundo e cerca de 10% deles, quase 250 milhões de pessoas, vive sob perseguição e ameaça de prisão ou morte.

A pesquisa feita pela ONG Portas Abertas contabilizou 4.305 mortes, entre novembro de 2017 e novembro de 2018, a maioria na Nigéria e no Oriente Médio. Outros 3.150 cristãos foram presos por causa da fé, especialmente na China e na Coreia do Norte, e quase duas mil igrejas ou templos foram destruídos em todo mundo.

Leia a matéria completa no site da Veja

A cura da virilidade

Destruição de Sodoma e Gomorra, pintura de John Martin (1852)

A virilidade é uma doença mental que tem levado os homens à morte, seja por suicídio, seja por doenças provocadas pelo consumo de álcool, cigarros, má alimentação ou a simples recusa em obedecer aos preceitos da medicina. A conclusão, exposta em artigo da revista da American Psychological Association (APA), foi duramente criticada pelo psicólogo Roberto Marchesini, num texto publicado no site italiano La Nuova Bussola Quotidiana, e traduzido por Rafael Salvi para a Gazeta do Povo.

A ideia pode parecer uma piada, mas quem tem idade suficiente para ter acompanhado a evolução do politicamente correto sabe como essas coisas acabam: Leis.

Como ressalta Marchesini, a American Psychological Association é a mais importante associação profissional de psicólogos do mundo. Portanto, quando sua revista afirma que “treze anos de trabalho, compreendendo mais de 40 anos de pesquisa, demonstram que a masculinidade tradicional é psicologicamente danosa” diferentes e contraditórios alertas se acendem em todo mundo, anunciando novas batalhas pela frente.

Não é preciso muita imaginação para perceber que “virilidade” aqui é facilmente conversível em “machismo”. Portanto não é absurdo prever que logo se estará falando a serio em “cura da virilidade”.