Em saída pela esquerda

Chico Mendes sobre o altar de uma igreja. Quem será a próxima, Marina Silva?

Mais um fake news da Folha. Segundo o jornal paulista, em matéria publicada no início deste mês, “o avanço evangélico no Norte explica preocupação católica em encontro de bispos”.

Nada mais falso! Não nos referimos, claro, ao avanço dos protestantes, que é triste e real. Segundo dados do Datafolha reproduzidos na matéria, eles já são maioria no Norte do País (46% contra 45% de católicos) — A mentira é fazer crer que os bispos reunidos em Roma estejam preocupados com isso, ou que pretendam fazer algo para impedi-lo.

O fenômeno não é uma peculiaridade da Amazônia e de seu entorno: em 1994, éramos 75% de católicos no Brasil; em 2019, o número despencou para apenas 51%. Enquanto isso, no mesmo período, o número de protestantes mais do que dobrou, passando de 14% para 32%.

Os números ainda não refletem o tamanho da apostasia. Quantos desses que se dizem católicos conhecem ao menos os rudimentos do catecismo? Quantos buscam ter uma vida moral condizente com a Fé? Quantos ainda têm vida de oração?

Mas, não, isso não perturba os bispos. Para eles, o problema é o “dragão do tradicionalismo” — como expressou recentemente Dom Orlando Brandes, na Catedral de Aparecida — o problema é a “direita injusta”. Não demorará dez anos para o Brasil se tornar majoritariamente protestante, e os bispos estão em Roma discutindo ecologia e dançando com Pachamama. Em que mundo vivem?

Tudo isso, como temos tantas vezes lembrado neste Boletim, é só a milésima prova de que há algo de terrivelmente errado com o Concílio Vaticano II, e que de uma vez por todas é preciso tomar a decisão de fugir da missa nova e procurar os poucos padres de verdade que ainda sobrevivem aqui e ali.