Frei Luca Pacioli e a Contabilidade

A Portrait of Luca Pacioli, Jacopo de’ Barbari

Nascido em Sansepulcro, na Itália, no ano de 1445, o frade franciscano Luca Bartolomeu Pacioli é considerado o Pai da Contabilidade Moderna. Pacioli foi educado no mosteiro de sua cidade, e ainda jovem tornou-se aprendiz de um homem de negócios local. Mas não demorou muito para se tornar professor de matemática.

Encerrada sua formação, foi para Veneza onde assume a função de tutor dos três filhos de um rico mercador. Aos 25 anos, publicou seu primeiro manuscrito sobre álgebra e logo depois foi apresentado ao Papa Paulo II que o convenceu a fazer votos franciscanos e dedicar sua vida a Deus.

Em 1475, Pacioli tornou-se professor na universidade de Perugia onde lecionou por seis anos, tendo sido o primeiro a ocupar a cadeira de matemática. Em 1494, o frei publicou seu livro Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionaliti.

Mas foi em 1494 que Frei Luca Pacioli publicou a obra que o tornaria imortal: o Tratactus de Computis et Scripturis. Ao demonstrar que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, Pacioli inseriu a Contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

Em 1497, Pacioli foi convidade para ir a Milão ensinar Matemática na corte do Duque Ludouvico Maria Sforza, tendo como um de seus alunos ninguém menos do que Leonardo da Vinci.

Em 1499, Pacioli e Leonardo são obrigados a fugir de Milão quando Luís XII de França toma a cidade e expulsa o mecenas de ambos.

Em 1509, escreveu a sua segunda obra mais importante, De Divina Proportioni, ilustrada por da Vinci, que tratava sobre proporções artísticas.

Continuou a estudar, lecionar e escrever até sua morte no mosteiro de Sansepolcro, em 1517.